4.7.06

VOZES, PROCURAM-SE!

O Coral Paradoxal vai lançar no próximo mês de Setembro um grande casting nacional para aumentar a sua massa coral.

Se gostas de cantar, ficaste traumatizado com as aulas de Canto Coral, detestas música típica de coro e tens um fiozinho de voz, junta-te a nós e inscreve-te aqui no nosso blogue.

Afinal, cantar em conjunto é outra coisa, bem diferente do que cantam os “meninos do Coro”…

Os Jerónimos Estavam Lindos

Fui aos Jerónimos com os meus pais no domingo de manhã. Onze horas não é uma boa hora para mim, porque já comi há uma hora e tal e ainda falta uma meia horita para a próxima refeição. Fico um bocado inseguro e gosto sempre de saber onde é que anda a minha mãe. Mas enfim, o que é que eu podia fazer? Eles queriam ir e eles é que me levam. Os Jerónimos é uma coisa enorme e com muito para ver. Branquinho e limpinho e a pessoa para ver aquilo a sério nunca mais almoça. O meu pai estava todo sorridente e começou a tirar fotografias a umas pessoas que cantavam a um canto do jardim. Era um barulho melodioso, às vezes. Pronto, fiquei com sono.

Mas a certa altura as tais pessoas começam todos ao mesmo tempo uma gritaria danada sobre um Grilo, assustaram-me, pá! Mas que ideia é essa? Eu só tenho três meses, poça! Agora vou-vos dizer francamente do que eu gostei mesmo (mas não vão agora contar aos meus pais, que eles têm um chilique) foi dos helicópteros e dos gajos da Brigada Anti-Minas a desopilitar uma bomba sacana que estava num autocarro da Carris com umas pessoas lá dentro. E um cão, um lobo de Alface, bué magrinho, pá! Fatos muita fixes, da Brigada Anti-Minas. Pareciam uns escafandros todos verdes, do camandro!



O Coro, pronto. Cantou muito bem, começavam e acabavam todos ao mesmo tempo, o som saiu certinho e estavam muito contentes e divertidos, e eu gostei, deu-me soninho, excepto aquilo do Grilo e os Jerónimos estavam lindos.

Do Palco Para a Plateia

Não sei se o Francisco Botelho, que nos deixou um simpático comentário no nosso post “Estreia Mundial do Coral Paradoxal”, foi ou não ao nosso concerto. Não tenho o prazer de o conhecer. Espero no entanto que se foi, tenha gostado tanto como eu que, de frente para a plateia me esforcei por dar o meu melhor.


Não deixa de me espantar a capacidade do ser humano em se adaptar a novos desafios e a conseguir fazer coisas que antes achava impossível atingir! É um facto que a necessidade faz o engenho e, quando é preciso cantar canta-se, mesmo que há 8 meses atrás as habilidades vocais se resumissem a uns desafinanços no duche. Os desafinanços agora passaram para uma dimensão menos privada e, graças à infinita paciência e mestria do nosso querido Luís (a quem publicamente do coração agradeço) passaram a estar mais controlados. Este concerto não foi perfeito. Outros virão decerto e decerto que vamos melhorar. Mas o prazer de cantar, de ver os nossos familiares, amigos e desconhecidos a sorrir para nós, já foi uma enorme recompensa. Obrigado ao maestro, aos colegas coralistas e ao público que nos brindou com a sua presença!

MANIFESTAÇÕES DE JÚBILO PELA ESTREIA

MANIFESTAÇÕES DE JÚBILO EM LISBOA PELA ESTREIA DO
CORAL PARADOXAL

Quem quisesse chegar ao Ateneu Comercial no dia 1 de Julho pelas 21.00 para assistir à estreia mundial do Coral Paradoxal encontrar-se-ia perante sérias dificuldades. Celebrando o evento, o Povo Português saiu à rua para manifestar o seu júbilo, entupindo todas as artérias e veias da capital. Embandeirando em arco – literalmente – pelo inestimável contributo cultural e cívico que este grupo de amigos cantores iria trazer à Música Pátria, o Povo acenou e gritou e buzinou e fez sinais de vitória. Esta repórter ouviu muita gente gritar, naquele linguajar costumeiro dos grandes dias lisboetas : “Paroxal! Paroxal!”.

Entretanto, no Salão Nobre do Ateneu Comercial, um pequeno grupo de coralistas acabava de limpar, a golpes de esfregona, o chão da sala, que pelas vinte e uma horas já brilhava como novo. Muitos coralistas chegaram atrasados ao aquecimento (Bruno e João Braz Gonçalves chegaram esbaforidos, correndo à frente de um grupo de fãs fanáticas dos Irmãos Brothers). Os nervos eram muitos à espera do público, que acorreu em massa, esgotando a lotação da sala. Quatro pessoas tiveram de sofrer o tormento de ouvirem o concerto completo – todos os quarenta minutos – em pé.

Alegres e descontraídos, os Paradoxais convenceram o público logo da capo, à entrada, cantando o Vihudah (e caminhando a passo certo ao mesmo tempo, habilidade inédita e muito apreciada pela audiência). Apesar das condições acústicas na sala serem adversas, da conjugação Neptuno-Urano não ser das mais felizes e de haver alguma electricidade estática no ar, as vozes lá se foram erguendo como puderam. No fim do concerto, as palmas foram muitas ( principalmente das mães e tias dos coralistas) e o Maestro foi aplaudido de pé, antes de fugir espavorido em direcção aos subterrâneos dos Restauradores.

Parabéns, Paradoxal! O céu é o limite!