MANIFESTAÇÕES DE JÚBILO PELA ESTREIA
MANIFESTAÇÕES DE JÚBILO EM LISBOA PELA ESTREIA DO
CORAL PARADOXAL
Quem quisesse chegar ao Ateneu Comercial no dia 1 de Julho pelas 21.00 para assistir à estreia mundial do Coral Paradoxal encontrar-se-ia perante sérias dificuldades. Celebrando o evento, o Povo Português saiu à rua para manifestar o seu júbilo, entupindo todas as artérias e veias da capital. Embandeirando em arco – literalmente – pelo inestimável contributo cultural e cívico que este grupo de amigos cantores iria trazer à Música Pátria, o Povo acenou e gritou e buzinou e fez sinais de vitória. Esta repórter ouviu muita gente gritar, naquele linguajar costumeiro dos grandes dias lisboetas : “Paroxal! Paroxal!”.
Entretanto, no Salão Nobre do Ateneu Comercial, um pequeno grupo de coralistas acabava de limpar, a golpes de esfregona, o chão da sala, que pelas vinte e uma horas já brilhava como novo. Muitos coralistas chegaram atrasados ao aquecimento (Bruno e João Braz Gonçalves chegaram esbaforidos, correndo à frente de um grupo de fãs fanáticas dos Irmãos Brothers). Os nervos eram muitos à espera do público, que acorreu em massa, esgotando a lotação da sala. Quatro pessoas tiveram de sofrer o tormento de ouvirem o concerto completo – todos os quarenta minutos – em pé.
Alegres e descontraídos, os Paradoxais convenceram o público logo da capo, à entrada, cantando o Vihudah (e caminhando a passo certo ao mesmo tempo, habilidade inédita e muito apreciada pela audiência). Apesar das condições acústicas na sala serem adversas, da conjugação Neptuno-Urano não ser das mais felizes e de haver alguma electricidade estática no ar, as vozes lá se foram erguendo como puderam. No fim do concerto, as palmas foram muitas ( principalmente das mães e tias dos coralistas) e o Maestro foi aplaudido de pé, antes de fugir espavorido em direcção aos subterrâneos dos Restauradores.
Parabéns, Paradoxal! O céu é o limite!
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